Earl Greyhound

Big Rico, Kamara e Matt

Gênero: Rock/anos 70
Onde: EUA/Nova Iorque
Quando: 2006

Estava com saudade do Led Zeppelin? Eles também.
Convenhamos que os caras já estão caquéticos e sem Bonham, ou seja, sem alma. Mas sempre surge alguém pra salvar o rock, que mesmo não salvando já é uma grande ajuda. E é isso que faz o Earl Greyhound. Com aquele pimp mal encarado ali, a Elza Soares e o hippie com jeito de quem fugiu de uma banda de garagem cover de Alice in Chains.
Apesar de ser um som bastante parecido com Zeppelin, os caras são realmente bons. Matt traz um vocal bem ao estilo, sem vacilar em nada. Sua guitarra não tem aqueles solos catastróficos de enfiar faca elétrica nas cordas (graças a deus), mas demonstra que ele sabe fazer riffs como um bom roqueiro dos anos setenta sabia fazer. O baixo ninguém liga. Porque ninguém liga pra mulher tocando baixo. Não é preconceito não, até que tem um timbre bem pegado, mas falta pegada nos dedos mesmo. A bateria é uma coisa delicada, afinal, esse estilo de música teve bateristas que foram verdadeiros professores do rock, a exemplo de Mitch Mitchell e o próprio Bonham, mas o nosso querido Big Boy Rico consegue fazer bonito.
Melodias queridinhas, uh-hus a la Robert Plant, as vezes um vocal de Kamara dando uma alma soul e bastante distorção para sua avó pensar que o Woodstock está voltando.

Porque baixar?! - Eles também tem a Stairway to Heaven deles. Só que mais bonita. A faixa seis, Good.
To avisando.

MP3: All Better Now - Earl Greyhound MP3


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Parte 2

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The La's

Gênero: Rock
Onde: Inglaterra - Liverpool
Quando: 1983 - 1990

Anos 80: Indiscutivelmente, a era das trevas para o Rock n' Roll. 1980 é o ano exato da morte do baterista John Bonham, o que acaba gerando o último suspiro do lendário Led Zepellin. Com a popularização do Heavy Metal e do Hip Hop, poquíssimas bandas de rock conseguiram achar um nicho e gerar bons frutos. Lutou bravamente entre elas uma modesta banda de Liverpool - mas que muito apesar de seus esforços, foi silenciosamente esquecida pela história. Farto dessa injustiça, e com o dedo em riste, eis que venho contar a épica história de uma banda chamada "The La's".

E que melhor forma de se contar a história de uma banda do que através de seu trabalho? O (único) álbum homônimo de "The La's" é uma jóia bruta. De cada arranhada de violão ou de guitarra escorre o mais autêntico rock inglês, do tipo que poderia ser confundido com um precurssor do britpop. Com uma objetividade rara para a sua época, o disco é muito bem representado por faixas como "I Can't Sleep" e "Feelin'", sendo que esta última praticamente fede a anos 70. E é claro que não seria possível deixar de mencionar a famosíssima "There She Goes", que apesar de muito conhecida (nunca pela voz original de Lee Mavers, vocalista do La's), está muito longe de ser o melhor que a obra tem a oferecer.

The La's - The La's é um ótimo disco, e um grande triunfo para o rock dos 80's. Obviamente não possui a consistência de um Sgt. Peppers, mas teria sido um excelente começo caso lançado em tempos mais felizes. E é por isso que a banda merece ser lembrada por uma geração que a desconhece.

Porque baixar?! A melhor banda dos anos 80, que poderia muito bem se fazer passar por uma dos anos 70. E que veio de Liverpool. Além disso, você finalmente tem a oportunidade de ouvir o hit "Theeeeere sheeeeeee goooooooes" do jeito que se deve, sem ser na voz de Leigh Bingham Nash do Six Pence None the Richer. Admita! É motivo muito mais do que o suficiente para ir clicando nos links abaixo.


The La's - The La's
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Kaiser Chiefs...tem certeza?

Gênero: Britpop/Indie
Onde: Inglaterra
Quando: 2007


Quando você acha que as obras do metrô desabando,Avril Lavigne fazendo rap pelada,Britney ficando careca,Klaxons e CSS com notinhas de meia em meia hora no site da NME e Justin Timberlake pegando Scarlet Johanson são sinais de que o mundo está perto do fim é porque você ainda não viu (ou ouviu) nada.
Ao entrar no site do Kaiser Chiefs logo de cara você se depara com um Layout bem bonito,com fotos dos caras em um visual pra la de diferente,vai ver Peanut sem chapeu ,Whitey sem toquinha e um Blog mega divertido promovendo bandas amigas ,essas que vão de Cribs a Fratellis.
Tudo certo até aí,só que numa fria madrugada de quinta feira vaza o esperado Yours Truly,Angry Mob,vc baixa numa ansiedade desgraçada,e depois que escuta entra numa meio que digamos "depressão pós CD".
Yours Truly não consegue chegar nem a 50% do queridinho Employment,deixa a desejar de mais nos vocais,nas melodias,nos arranjos,na mixagem...chega a ser tão estranho que você não consegue ouvir as duas primeiras músicas e dizer logo de cara que é péssimo,é um disco tão do bizarro que conforme as faixas vão passando a impressão que fica é de que o disco parece não ter um sentido lógico algum dentro daquilo que você conhece e esperava ouvir."Isso é Kaiser Chiefs?Cadê os na na na na na's?Esse molenga é o Ricky Wilson cantando?Tem certeza?"
Os indies vão ficar bravos e o Lúcio Ribeiro também,mas esse disco é um dos mais esquisitos de 2007,e mais esquisito que esse disco são os ingleses que colocaram Ruby em primeiro lugar nos Top Tunes dando um soco na cara do Mika na noite passada.


Porque baixar?! - Porque o disco não é de todo ruim,tem umas três musiquinhas com o refrão bem catchy,uma outra de um minuto e meio pra sacar qual é a do baterista Nick Hodgson cantando e uma faixa que leva o nome de Retirement.Sugestivo até...


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Leia o blog dos caras

Blonde Redhead

Gênero: Música dos deuses
Onde: EUA/Nova Iorque
Quando: 2007

Pois é. Vazou.
Estarei em êcstasy pelos próximos dias achando tudo que sair um lixo. Blonde Redhead tem dessas coisas.

A Kazu manteve seu estilinho voz-de-japinha, mas menos cansativo. O batera está com levadas mais comportadas, mas continua com idéias admiráveis. Dá para ouvir violõezinhos até, sons viajantes, a voz do Pace, em menor quantidade, mas dá. Enfim, continua sendo Blonde Redhead, diferente dessas bandas que tentam fazer algo diferente, ao invés de evoluírem. Vide Arcade Fire e Kaiser Chiefs.
Palmas para a primeira faixa, a melodia é desconcertante e lembra um pouco o Mellody of Certain Damaged Lemmons. É uma das poucas que parece continuação dos discos anteriores, mas isso não tira o posto de melhor música. De resto, uma banda mais pop, mais fácil de ouvir e agradar, e fácil de deixar sem palavras quem é fã. Depois do Of Montreal claro, melhor disco de 2007.

Porque baixar?! - Nem vem.

23 - Blonde Redhead DOWNLOAD
Parte 2

O download está dividido em duas partes, mas é que no rapidshare deletariam e o 4shared não tem frescura, nada de esperar pra baixar mais de um arquivo. ;)

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Luboš Fišer

Gênero: Clássico/Trilha Sonora
Onde: República Tcheca/Praga
Quando: 1970/2006

Muitos indies conservadores, digamos assim, podem me xingar bastante por este disco. Então, primeiramente uma rápida descrição: Trilha sonora de um filme tcheco dos anos setenta, baseado em uma novela de 1935, feita por um compositor clássico para um filme surrealista e com características simbolistas.
Não saiu correndo? Então eu continuo.
Valerie And Her Week Of Wonders é um dos trabalhos clássicos mais bonitos que ouvintes de música rock e pop podem achar. Diferente do comum, o uso em uma orquestra de harpas, music box, cravos e solos de flautas torna tudo mais chamativo. As cordas também estão presentes, mas no melhor estilo Gyorgy Ligeti, fazendo você tremer um pouquinho de medo, mas logo logo te acalma com a graciosidade de algumas faixas, até você novamente tomar outro susto. É justamente essa mistura de climas que já vale a ouvida da trilha. E uma vontade imensa de caçar o filme em locadoras.
Relançada só em dezembro do ano passado, após uma longa garimpagem das fitas originais, a Finders and Keepers nos presenteou com essa obra prima inclusive em vinil, que eu estou me segurando bravamente pra não pagar as dezoito libras que custa esta desgraça. Por enquanto, você pode ter em mp3, com (quase) o mesmo charme das gravações dessa época, com direito a chiado e tudo mais.

Porque baixar?! - Você coloca os fones antes de dormir, começa a pensar em passarinhos entrando pelo seu quarto, enquanto ouve o barulho da tecla do cravo bater em uníssono com a harpa; começa a se atrofiar debaixo do edredom quando ouve o tremor de violinos dissonantes estourando com a percurssão; pensa rapidamente em chamar pela sua mãe quando crianças começam a rezar em latin no meio do disco; vai ver se o passarinho morreu quando volta a delicadeza da music box; vai pegando no sono quando começam a repetir os últimos temas com arranjos diferentes e, finalmente dorme, acordando na última faixa querendo mostrar pros seus amigos as quatro da manhã o pequeno tesourinho que conseguiu descobrir.

Lubos Fiser - Valerie And Her Week Of Wonders DOWNLOAD

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Maps & Atlases

Gênero: Math Rock
Onde: EUA / Illinois
Quando: 2006

Todo mundo adora Pyramid Song do Radiohead. Legiões de adoradores do rock vibram em êxtase diante da complexidade de sua notação de tempo, enaltecendo a genialidade de Thom Yorke e sua trupe por terem a competência de criar tamanha obra prima. Para os adeptos do Math Rock, porém, essa espécie de composição não é apenas uma excentricidade: é uma questão de honra.

Maps & Atlases veste a camisa do estilo e faz bonito. Emprestando o timbre de nomes como Don Caballero e 31knots, o segundo EP da banda, entitulado “Tree, Swallows, Houses”, é como notas de guitarras precisas dando forma musical a equações matemáticas. Parece um absurdo, mas é esse mesmo o sentimento que se tem ao ouvir cada um dos brilhantes temas que compõem a obra. Dentre o alucinado frenesi de canções que servem como poderosas lições de teoria musical, os maiores destaques ficam para as faixas “The Ongoing Horrible” e “Songs For Ghosts To Haunt”. A primeira das duas é um delicioso momento de reflexão, breve porém indispensável, que começa com uma batidinha carismática e culmina em uma nota densa dispersa no ar. A segunda é a sua contraparte perfeita, sincera em cada salto repentino de forma e tempo, onde a guitarra é o verdadeiro maestro. Eu ficaria feliz em desistir de um dia da minha vida por cada vez que escutasse esse EP inteirinho.

Porque baixar?! – Além de deixar qualquer um de queixo caído com tamanha complexidade musical, o som de Maps & Atlases parece deixar mais inteligente também. Eu resolvi três equações utilizando o teorema de DeMoivre e dois problemas com a fórmula de Polyhedron logo após ouvir a primeira faixa. E, se mesmo assim nada disso te convenceu, isso com certeza vai: Clique Aqui.

Maps & Atlases - Tree, Swallows, Houses

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David Vandervelde

Gênero: Supergrass wanna be and I've been
Onde: EUA/ Illinois
Quando: 2007

"There's so much shit in guitar music at the moment. You imagine an A&R man seeing this bandwagon, jumping on it and signing any old shit with a guitar around its neck."
Viu só? Os Kaiser Chiefs também concordam comigo. E se quiserem ouvir a mais nova piada do momento ouçam Locksley. Mais um desses bem aventurados libertinos, arcticmonkeyd e imitadores baratos de Beatles. O indie está morto. Não para Peter Bjorn and John, tocando Young Folks em uma sítara. Ouça.

The Moonstation Houseband foi o último lançamento bom desse mês sombrio de fevereiro, não é nada perfeito claro, afinal algum desavisado pode ouvir o querido David Vandervelde e perguntar se saiu algum disco novo do Supergrass e ele não ficou sabendo. Apesar da comparação, sempre chata, eu diria que Vandervelde se não se igualou a Gaz Coombes, é certo que no próximo disco ele chuta o traseiro de Road to Rouen e I Should Coco juntos.
Nothin'no, a primeira faixa, já chuta o balde com classe, um hit que vem sendo muito bem emplacado por aí e sem dúvida a melhor do disco. Wisdom From a Tree é a mais bonita, com cordas e papapás lembrando a melhor fase de Gaz Coombes com elementos de seu último disco também. Mas é em Moonlight Instrumental em que ele fecha com chave de ouro dando uma surra em qualquer tema intrumental desse mundo indie porco. Menos os do Sugarplastic.

Porque baixar?! - A nova dos antes quase perfeitos Kings of Leon decepcionou bastante. Ruby dos Chiefs também não tem nada de impressionante e, demos uma chance ao Silverchair com seu single novo que talvez prometa algo a altura do Diorama. Mas só uma chance. O que Vandervelde não deu ao Supergrass e tomou o posto de banda legal com vocalista que parece lobisomem.

Vandervildner (hoho) e Gaz.

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Blonde Redhead

Gênero: Indie Rock
Onde: USA/Nova Iorque
Quando: 2000


Todos sabemos que o mundo indie anda particularmente um saco.
Principalmente depois da decepção com o Arcade Fire e o Neon Bible, que até pode ser aceitável depois de algumas ouvidas, mas não tem o direito nem de engraxar os sapatos do Funeral. Por isso, aí vai o Melody Of Certain Damaged Lemmons, resultado da mistura de uma japonesa e dois irmãos gêmeos italianos fundidos em um liquidificador em Nova Iorque. Um disco um pouquinho antigo já para essa fúria de bandas novas, porém um grande marco para a música mesmo que ainda não muito lembrado.
Kazu, a japa, canta com aquela vozinha infantil de Joanna Newsom, sexy de Emilie Haines e depravada de Björk. Os irmãos Pace dão uma pequena aula de como se faz riffs de guitarra e ritmos desconcertantes para nenhum baterista de jazz botar defeito. Destaque para a faixa dois, In Particular, uma obra prima sem precedentes que vem abrindo o disco para genialidade eclodindo em genialidade. (ui)

Porque baixar?! - Não dá pra esperar até abril pra eles lançarem o novo, o do Kaiser Chiefs não vazou, o do Modest Mouse também não, também não o do Silverchair e nem o (pasmem) do Ozzy Osbourne. E quer saber? Nenhum desses promete melodias melhores do que as doces e viajantes do Redhead.

Melody Of Certain Damaged Lemon - Blonde Redhead DOWNLOAD

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