domingo, 9 de novembro de 2008

Beach House

EP: Used to Be
Estilo: Dream Pop
Quando: 2008
Onde: Baltimore/EUA

Olha, eu não vou fazer resenha, porque pra mim Beach House é a banda mais fantástica de todos os tempos. Beatles, Mozart, tudo isso que já foi consagrado como melhores músicos já existentes é tudo um monte de merdinha perto dessa dupla celestial. 

Resumindo: Nada de continuação do sophomore Devotion. O disco saiu há poucos meses atrás e esse seven inches já tem gostinho de trabalhos futuros. Lado A traz a fantástica Used to Be. Alex inova com uma distorção shoegaze pegada, a melodia nostálgica, tradicional da banda, que sempre te remete à algo que você não consegue lembrar que época. E é claro, a melhor característica desse duo: A harmonia. Geometricamente intrigante, através dos incansáveis arpejos dos órgãos de Victoria.
No lado B, uma home recording da faixa Apple Orchard do primeiro disco, trazendo um violãozinho com slide de dar gosto e toda a rusticidade que só um 4-track e falta de maturidade pode nos presentear.

Porque baixar?! - Qual parte de Mozart merdinha você não entendeu?

Vídeo: Beach House - Gila (Live at Juan's Basement)




sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Rick Astley

Interrompemos a série instrumental para um anúncio importante:

"06/11/2008
2008 Europe Music Awards Winners!
Though Britney Spears wasn’t on-hand to accept, she won two awards at the 2008 Europe Music Awards – for Album of the Year and Act of 2008. The other big winners of the night were VIP Bar hosts 30 Seconds To Mars, who also scooped up two awards for Rock Out and Video Star.

But the ultimate power of the audience vote was underlined when Rick Astley scooped Best Act Ever. Rick was not available to attend the Awards. In his absence, presenters Katy Perry and Perez Hilton charmed the audience with a quick dance routine to his famous track. In a statement, Astley said: ""I am honoured that my fans worked so hard to help me win Best Act Ever at the 2008 MTV Europe Music Awards. This is the first time I have been nominated for the EMAs and I would like to thank everyone who voted for me.""

Sir Paul McCartney was also honoured with a special award - the Ultimate Legend Award – which was presented to him by U2 lead singer Bono.

Here is a list of all the winners:

Most Addictive Track: P!nk ‘So What’
Video Star: 30 Seconds To Mars ‘A Beautiful Lie’
Headliner: Tokio Hotel
Ultimate Urban: Kanye West
Rock Out: 30 Seconds To Mars
Artists Choice: Lil Wayne
Act of 2008: Britney Spears
Ultimate Legend: Sir Paul McCartney
Album of the Year: Britney Spears Blackout
Europe’s Favourite Act: Emre Aydin (Turkey)
New Act: Katy Perry
Best Act Ever: Rick Astley

Congratulations to all our winners, nominees, and performers for rocking Liverpool and delivering an astounding show!"

[ Fonte:
http://ema.mtv.co.uk/news/ ]



Como prometido:



Álbum: Playlist: The Very Best of Rick Astley
Estilo: Best Act Ever
Quando: Together forever and never to part
Onde: Lancashire/Merseyside - Inglaterra

YouTube:


Porque baixar?!
Você ouviu. O homem foi eleito BEST ACT EVER.





quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Flica

Álbum: Windvane & Windows
Estilo: ---
Quando: 2008
Onde: Kuala Lumpur / Malásia (sério)

Prometi, cumpro. Segundo disco da série instrumental.

A ásia é um grande antro de cocô cultural. Nada que vem daquelas bandas presta, salvo raríssimas exceções (tipo Polysics e Hiromi Uehara). E não falo só de música, falo de toda sua arte contemporânea: A começar pela amadíssima Yoko Ono e seu gosto por músicos duvidosos. Sabendo que a China é dona de um oitavo da população mundial, fica difícil entender porque a incidência de talento é tão rara. A resposta é: Porque a gente anda procurando no lugar errado.

Flica é o bravo herói que se destaca, e muito, entre seus mal fadados competidores musicais. De uma sensibilidade rara, o malaio possui o sagrado dom atribuído a grandes compositores como Beethoven e Mozart: Técnica e composições empáticas, que transmitem ao ouvinte um sentimento de verdade. Troque as orquestras e virtuosos pelos recursos eletrônicos. Antes de prosseguir, é bom lembrar que não adianta ouvir Flica ainda no clima de Piglet. São dois pontos extremos do mesmo espectro, verdadeiros antagonistas: Tá mais pra Beach House menos barulhento do que pra 31Knots sorridente.

Chinelo ou não chinelo, bom gosto não se tira de ninguém. E nesse quesito o malaio é uma fonte transbordante: Não se faz música como ele, humilde e de qualidade. Muito, muito melhor do que Air.

Por que baixar?! Porque agora a gente já sabe: A grande potência musical em todo o mundo oriental fica um pouco mais embaixo, na Malásia.

YouTube:






terça-feira, 14 de outubro de 2008

Nick Drake

Disco: Bryter Layter
Estilo: Outono
Quando: 1970
Onde: Myanmar -> Inglaterra


Ainda me lembro de ouvir Pink 
Moon, em meio a uma conversa de amigos, falando como Nick Drake é bom. Eu ouvi o disco, fiquei com aquela sensação de "não saquei". Ouvi duas, três, e lá pela décima vez eu ainda estava, "What the fuck?! Pra um cara que foi pra Cambridge eu esperava um pouco mais de coesão nessas letras." Coesão. Eu nem pedi por complexidade acadêmica. Coesão é o mínimo a se exigir hoje em dia, quando nossa tão almejada e alcançada liberdade tem se mostrado como nosso maior vício e permitiu o impermissível. Cicrano vai lá e escreve sobre seu sentimento mais difícil de ser expressado. Canta um mundo complexo, onde não se tem nada a falar. Um mundo que não dá nem pra saber o que vai acontecer de manhã porque você não consegue olhar pela janela de manhã de tanta gente que tem por aí. Aí você chega pra um camarada desse e pede pra ele ir devagar, porque nebuloso já tá ficando o entendimento da primeira meia dúzia de versos que ele cuspiu em cima de você achando que tá tudo muito claro.
 Mas tudo bem. Apesar de tudo, somos livres. A gente rola escada abaixo tremilicando feito um verme, espalhando tinta guache vermelha na parede da faculdade de artes, e depois entende que aquilo era uma "performance". Seus olhos captam um mendigo na rua colocando bituca de cigarro dentro de garrafas plásticas e as vendendo, e como se não fosse o bastante, ao lado, uma estudante de jornalismo conversa com o artiste, preparando uma grande reportagem. Afinal, olha que obra sensacional a dele! Ele captou aquele sentimento inexprimível que eu falei acima. Deu pra sacar? Ele é um cara complexo! Inteligente! 
Mas quem se importa com esse vício? Somos livres como pássaros.
Quando eu vejo essas coisas eu acho que to ficando velho, que tudo passa muito rápido e que eu tenho uns resquícios de passado.
Foi assim com o Nick. Assim, até eu ouvir o Five Leaves Left, e então, o Bryter Layter. Aí, eu vi um videozinho, que falava que em Cambridge ele só estudou dois anos e se encheu. Não ia nas leituras, ficava sentado no banquinho olhando essa raça deprimente de artiste com desdém e não estava nem aí em ser um cara profundo. Aí que tudo começou a fazer sentido, e eu parei de achar que Nick Drake é um cara superestimado. Não é que ele foi simplista. Longe disso. É que ele foi mundano. Fiquei até aliviado em ouvir descreverem a música dele como música de outono. É exatamente isso. Não só as folhinhas de Maple caindo amareladas, mas o clima de convalescência, de preguiça, de tédio, de aceitação...resgatando uma mágica perdida. Cantando um mundo simples, nem um pouco nebuloso, finalmente se exprimindo com poesia legível.
Depois de entender as letras do Nick eu me acalmei, assinei embaixo do "Nick Drake é foda", parei de praguejar sobre os poetas e artistas livres das últimas décadas e fui pensar porque cargas d'água eu dei uma porção de chances pro disco dele. Nada mais normal que deixar de lado aquele disco que depois de umas três ouvidas ofendeu sua inteligência. Mas o porque eu insisti ainda me intrigava.
Bem, só sobrou uma coisa: a música.
Ah! É! A música. Vamos à ela.
Falar que ele é folk é sacrilégio. O violão é articulado demais, fora do usual quatro por quatro,um dedilhado muito cristalino pra colocá-lo nesse nicho caipira. E apesar de inúmeros arranjos de cordas, sopros, pianos, um charmoso double bass e até um cravo cantarolando de mãos dadas com o violão, Nick Drake soa sozinho. Nick Drake e Sua Banda. É nítido até demais como ele é um artista solo que nem pôs o dedo nos demais arranjos. Fica o dedilhado e aquela voz. Que voz! Como Joanna Newsom, sua voz é um gosto que se adquire. Fraca, meio pra dentro, sempre no mesmo volume, que com o passar do tempo vira uma voz charmosa, rica em detalhes e que passa realmente uma paz de outono. 
Sua harmonia é padronizada. Você sempre sente quando virá aquela passagem de acorde sombria, que te joga em outra direção e mostra mais uma faceta das várias. De um músico diversificado, escritor tocante e coerente, que infelizmente se matou porque sentiu que não teve sucesso em atingir as pessoas como queria. Isso eu não posso questionar. Não sei quais eram seus planos. Mas tenho certeza que ele tocou uma geração em sua época, e mais uma agora. Acredito que já é o suficiente pra se chamar de música atemporal. 
Já o artiste das bitucas...Bem...

Porque baixar? - "As simple as a kettle, steady as a rock".




quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Big Apple 3 A.M. meets Yeswehavebananas!

lani romée diz:
lembra que que era rickroll?

Rafael Vanni diz:
vagamente

lani romée diz:
ok

lani romée diz:
é tipo

lani romée diz:
"SHOW DO BEACH HOUSE QUE A JOANNA NEWSOM PARTICIPOU

lani romée diz:
clica

lani romée diz:
u.u

Rafael Vanni diz:
lembrei

lani romée diz:
esse cara é o Rick Astley

lani romée diz:
a nomeação pras categorias é feito pelo publico, né

lani romée diz:
aí o que acontece: eles pegam os nomes mais sugeridos e botam pra participar

lani romée diz:
pra disputar o caneco

lani romée diz:
aí o 4chan começou a sugerir o Rick Astley em peso

lani romée diz:
tipo, imagine milhares de nerds desocupados votando o dia inteiro no rickastley

lani romée diz:
eles inventaram até scripts pra ficar votando automaticamente com o pc ligado

lani romée diz:
aí ficavam la o dia inteiro

lani romée diz:
aí o rick astley é nominee : DDDD

lani romée diz:
pra Best Act Ever

Rafael Vanni diz:
HQAHAH

Rafael Vanni diz:
adoro o 4chan agora

lani romée diz:
É ele disputando com o U2

lani romée diz:
com a Britney Spears

lani romée diz:
christina aguilera

lani romée diz:
green day

lani romée diz:
e tokio hotel

lani romée diz:
... que é aquela banda do viadão que o alan disse que era mulher mas é um gay

Rafael Vanni diz:
meu deus

Rafael Vanni diz:
quem escolhe o vencedor?

lani romée diz:
esses caras que são os nominees de Best Act Ever

lani romée diz:
pode?

lani romée diz:
Calma, xo falar

lani romée diz:
aí a MTV ficou meio puta porque o Rick Astley foi pra nominee

lani romée diz:
e começou a fazer bilhões de artigos do tipo

lani romée diz:
"Rick Astley merece disputar junto com green day e britney spears?"

lani romée diz:
eu li isso eu fiquei bravo, cara, sério

lani romée diz:
o Rick Astley devia se sentir ofendido com essa frase

lani romée diz:
por mais one hit wonder comercial que ele fosse, ele dá um pau em TODOS OS NOMINEES

Rafael Vanni diz:
assino embaixo

lani romée diz:
o mais engraçado é que a MTV, pra tentar desclassificar o rick

lani romée diz:
fez uma poll

lani romée diz:
"Rick Astley merece disputar o caneco?"

lani romée diz:
o 4chan foi la de novo

lani romée diz:
teve 2 bilhões de votos

lani romée diz:
pra sim

lani romée diz:
99.8%

lani romée diz:
HAHAHA

Rafael Vanni diz:
to enojado com a mtv agora

Rafael Vanni diz:
eu sabia que era escrota

Rafael Vanni diz:
mas até aí...

lani romée diz:
Se o Rick ganhar

lani romée diz:
eu vou postar um disco dele no yeswehavebananas

lani romée diz:
é promessa

Rafael Vanni diz:
mais que merecido

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Piglet



Álbum: Lava Land
Estilo: Math Rock / Instrumental
Quando: 2005
Onde: Chicago/USA

Faz tempo, eu sei.

O horário anda apertado e cada vez que eu tinha que upar um disco eu sentia dores na alma piores do que pedra no rim, mas dessa vez vai. E eu garanto que valeu a pena esperar... Quer dizer, vamos fazer um trato. Meus próximos posts vão ser discos instrumentais geniais bem diversos no quesito estilo e clima, pra vocês gostarem, e o quarto vai ser uma coisa que EU gosto. Tem que prometer que vão baixar sem reclamar, heim!

Combinados então, começo essa catarata de posts com um Math Rock diferente. Notações de tempo esdrúxulas, climas que saltam de lá pra cá, guitarras arranhadas-angulares, tapping e two hands, escalas imprevisíveis... Que que tem de diferente! A diferença é que enquanto o 31knots e o DonCaballero fazem cara de gente estressada e o pessoal do fantástico Maps & Atlases faz bico como se tivesse acabado de acordar, esses meninos sorriem como molecada na quermesse, pedacinhos de paçoca grudados no dente.

Pra começar que o baterista é uma baita de um sacador. Ele é tipo um cruzamento entre o Abe Laboriel Jr. e o coelhinho da Duracell depois de uma cartela inteira de prozac. Viradas e batidas que não dá pra acreditar, tudo com uma naturalidade que o afasta do mau gosto dos metaleiros, apesar do virtuosismo. Só não dá pra dizer que ele é a alma da banda porque é sacanagem com o resto (mas ele é). Aí depois que o guitarrista é um baita filho de uma puta, que se inveja matasse eu tinha até comprado caixão. Tem horas que você fala "der, isso até eu toco", aí ele enche a mão e te vira um belo tapa na orelha pra você largar a mão de ser besta. Toca nada. E não só toca que nem um desgraçado, como também sabe compor temas geniais, coisa de cuzão mesmo - minhas orelhas doem até hoje de tantos trajetos pela Paulista com as suas cordas berrando no meu crânio. E isso pra não falar do baixista. O baixista, coitado, não tem muita vergonha na cara... O herege tem a pachorra de usar um baixo de seis cordas (que, na minha opinião, transforma o instrumento em qualquer coisa menos em um baixo), mas a gente perdoa. E perdoa porque ele faz muito bem o papel de baixista, não enche o saco e nem quer aparecer, não fica dando slap a la Flea e nem brincando na escala que nem o Wooten - mas ai de você, criatura ignorante, porque vira e mexe rola uma levada sinistra. Dá até orgulho materno.

Infelizmente, por enquanto o Piglet só lançou um EP. Claro que é um baita EP, mas é meio covardia. Agora, se você quer ouvir as boas novas: LPzinho em estágio de gravação. Quer dizer, é o que eu ouvi falar, mas a esperança é a última que morre.

Por que baixar?! Considerando que eu estou atolado de coisas para fazer e mal tenho tempo para ir ao banheiro, o simples fato desse disco conseguir colher uma força sobrenatural da minha osteoporose e hérnia de disco já deveria mostrar o quanto eu me importo com ele. Na verdade, eu sinto até vergonha de nunca ter ouvido falar desses caras até mês passado... Mas tenho certeza que eles vão me perdoar agora que fiz a minha boa ação entregando uma cópia virtual pirata de seu caprichado trabalho para vocês. Pirataria é crime, mas CD no Brasil é caro...


(Até a qualidade da capa do disco é ruim, de tão difícil que é achar essa porcaria.)






sexta-feira, 22 de agosto de 2008

of Montreal



Ok, Ok OK! Eu sei que todo mundo aqui conhece of Montreal.
E eu tambem sei que tem gente que nao gosta do Hissing Fauna.

Mas sinceramente, eu nao sei o que dizer desse aqui... Não sei MESMO. Mas ok, of Montreal é of Montreal né. Se o Kevin falou, ta falado.


terça-feira, 12 de agosto de 2008

Franz Ferdinand



Lançaram uma streaming no site. Precisa cadastrar e-mail e tudo o mais, mas dá pra ouvir Lucid Dreams inteira, com direito a ruídos de LP no próprio site.

A música integra o terceiro disco da banda... Que sai em 2009.
Filhos da puta.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Clearlake

Álbum: Amber
Estilo: Rock/Britpop
Quando: 2006
Onde: Brighton/Inglaterra


Os Shins britânicos? Se pegar a veia rock do Shins, sim. 
Sabe como é banda inglesa: simplicidade, poucos instrumentos, 1, 2, 3 e vai.

Vozes ordinárias, timbres comuns, melodias inteligentes, variedade climática e está feita a fórmula.

Este é um disco que não cansa tão facilmente. A cada música uma particularidade chama a atenção. Uma com riff de gaita; outra um clima mais ameno; depois um hype; mais pesada; um ritmo menos óbvio...e por aí eles vão, mantendo a unidade e mudando uma peça do lego de cada vez.
Terceiro disco da banda, sucessor do bem recebido Cedars (2003), Amber é um disco mais pop, mais enérgico e com mais identidade.

E pra quem interessar, o single novo deles saiu hoje. Tem preview no Myspace.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Rogério Duprat


Álbum: A Banda Tropicalista do Duprat
Estilo: Psicodelia/ Tropicalismo/ Erudito/ Um quê de Brian Wilson
Quando: 1968
Onde: São Paulo - Brasil


Todos nós sabemos que os tropicalistas não passaram de uns hippies sujos. Alguns que até entendiam de música e faziam coisas boas, mas hippie é hippie e é sujo.

Precisou chamar o maestro, Rogério Duprat, pra por ordem na casa e conferir fundamento ao tão aclamado movimento. Movimento que até então desenvolvia-se no achômetro, como todo bom estilo de artistas sem formação musical avança: aos trancos e barrancos, com belos acertos e erros medonhos, de doer o ouvido de velha surda.

Duprat, além da formação erudita, estudou com o grande Stockhausen, seguindo os passos do começo da música eletrônica. Porém, nesse disco o que impera é a genial mistura da psicodelia mais o ritmo brasileiro e a música clássica, em versões que vão desde a marchinha de carnaval Chiquita Bacana, passam pela bossa nova em Chega de Saudade, chegam em Mutantes (com a participação dos mesmos em diversas músicas) e viaja por artistas internacionais como Cowsills e Beatles em Lady Madonna e a incrível Flying. Todas com arranjos de metais de tirar o fôlego, na boa e velha mixagem de perda de qualidade de som dos anos 60 e lembrando o jazz de gramofone da época em que sua avó pensava em nascer. Com os vocais de Rita Lee e Segio Dias em algumas faixas (Sérgio dando aquela mãozinha com sua guitarra de ouro) e de resto, só o instrumental de dar inveja em Duke Ellington e de fazer Quincy Jones chorar.

Para aqueles que se orgulham de ser brasileiro só pela Bossa Nova e/ou Villa Lobos, ta aí mais um motivo de peso pra igualar na balança com Jobim

Lembrem-se sempre de que Caetano, Gil, Mutantes, Gal, Nara, e tantos outros passaram pelas mãos sábias do maior arranjador da história deste país.

São discos como esse que me mantém inflexível à vergonha nacional que avassala nosso mundo musical. Aprendam que "ah, tá bom!" não é realmente "bom", futuros músicos do meu Brasil brasileiro.

.
160kbps


terça-feira, 22 de abril de 2008

Jim Noir



Gênero: Indie Pop/Psychedelic Pop
Onde: UK/Manchester
Quando: 2008


É incrível como as pessoas dão o título de "Poeta" pra qualquer babaca que aparece. Tupac amarrava um lenço na testa e berrava: "I see no changes, wake up in the morning and I ask myself, is life worth living, should I blast myself?", Renato Russo faz voz de cantor de sertanejo e cospe: "Quando o que eu mais queria era provar pra todo mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém" e um exército de mongolóides cai de joelhos e berra: "POETA! POETA!". O-kay, pessoal, vão ler um livro.

Eu sou conhecido por desprezar letras de músicas. Eu brigo, xingo, esperneio, jogo coisas no chão só pra provar meu ponto. Mas, mesmo atolado em meu discurso anti-lyricista, tenho que admitir que dois projetos musicais possuem todo o meu respeito quanto ao conteúdo de palavras, e não só pela música em si. O primeiro é o nerdcore Optimus Rhyme (primeira letra hip-hop com a qual eu tenha me identificado). O segundo é o fabuloso poeta Jim Noir.

Em 2005 vimos o nascimento de um fantástico disco chamado Tower of Love. Fantástico. Recheado das harmonias mais nostálgicas da música moderna, com "papapapa"s e "uuuuuuuuh"s, arranjos vocais e melodias simplesmente apaixonantes - e não podemos nos esquecer das fantásticas composições . Quem pode dizer que compreende tão profundamente a natureza do amor quanto Jim Noir?


"I'm confused
I've got words I'd like to use
but they've all been said before
so I'm gonna use them all

I, me, you, I'm yours"


É de uma sensibilidade transcedental.

Desde "Tower of Love" esperamos ansiosamente uma resposta. Neste ano, finalmente, o poeta lançou seu segundo disco. Ludicamente nomeado "Jim Noir", a obra emana novidades. Mergulhando sua voz sobre voz em reverbs e construindo bonitas melodias imersas em um mundo de arranjos coloridos (tocando cada um dos instrumentos em cada uma das faixas, devemos bem lembrar!), carregadíssimos de trocas e trocas de sintetizadores e efeitinhos, equalização balanceada com carinho e até mesmo um vocoder em uma outra faixa, "Jim Noir - Jim Noir" transpira o seu lado psicodélico ainda mais do que o primeiro trabalho do compositor multi-instrumentista. E isso não é nada ruim.

Dando a luz a obras tão ricas e de qualidade tão incomum como o "Tower of Love" e esse novo Self-Titled, não dá pra entender porque continuam a subestimar tanto o poeta Jim Noir. Esse novo trabalho não deve nada ao original - muito pelo contrário, faz justiça como só poderíamos esperar do nosso herói de terninho e chapéu coco. E as letras! É claro, as letras...


“If you don’t want to be with me
what do you expect me to be?”


Nem Jung, nem Freud, nem Shakespeare. Ninguém entende a psique humana tanto quanto Jim Noir.


Porque baixar?! - Porque são músicas como "What U Gonna Do" e "Look Around You" que me inspiram a dizer... A melhor banda do mundo seria formada por Paul, George, Ringo e Jim. Bye bye "I am the eggman, I am the eggman, I am the Walrus" and hello "If you ever step on my patch, I'll bring you down".


YouTube:
















Site Oficial
MySpace
Compre o Disco
Obey the Moderator

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Franz Ferdinand




E aí, pessoal? Vai sair alguma coisa ou não?

terça-feira, 1 de abril de 2008

Descanse em Paz

___





Ringo Starr
1940 - 2008








___

quarta-feira, 26 de março de 2008

Raconteurs



Álbum: Consolers of The Lonely
Gênero: Pedra e Rola
Onde: Detroit - Estados Unidos
Quando: 2008





Eu juro que quero dar a minha bunda pro Jack White.
(E não é nem por causa do disco. É porque ele é bonitão mesmo.)







DOWNLOAD: RACONTEURS - CONSOLERS OF THE LONELY






MySpace
Site Oficial
Ui, modelo!

quinta-feira, 6 de março de 2008

GS



Álbum: Visions
Gênero: Aquela coisa meio Joy Division, meio Gang of Four
Onde: Rio de Janeiro - Brasil
Quando: 2008


Sabe quem me decepcionou muito? Interpol. Dois discos geniais e um terceiro feito sem amor. E justamente nessa fase é que essa gente vem encher o saco no Brasil. Antes trouxessem Blonde Redhead junto pra abrir seu show nesse mundo perverso onde Justice abre show do Cansei de Ser Sexy, mas nem isso vai acontecer, né?

Quando o pessoal do post-punk começa a esquecer o que é post-punk, sempre aparece aquela banda com o dedo em riste e olhar triunfal. "Não é assim que faz, porra... É ASSIM", e abracadabra: Apresento-vos GS.

Após um hiatus de sabe-se lá quanto tempo e uma muito bem recebida troca de nome (o antigo parecia mais coisa dessas bandas de death metal), o GS "lançou" o primeiro EP independente chamado Visions. Às vezes parece Liars, às vezes parece Joy Division, às vezes não parece nada com nada e é aí que a banda brilha. Com linhas de baixo de muito bom gosto atuando como protagonista de suas harmonias, as canções desse disco variam de humor e surpreendem quando saltam de um clima para o outro. Não é o que você esperaria de uma banda post-punk, mas você tem certeza automática de que isso não pode estar errado.

E, pelo sagrado amor do Monstro Voador de Spaghetti, faça um favor a você mesmo: Ouça com carinho a faixa Eraserhead. E depois veja o filme. E depois ouça a faixa de novo.


Porque ouvir?!
Porque eu não costumo postar bandas brasileiras. E se eu postei essa é porque eu achei bacana, ok? Além disso, você pode procurar na Fnac e na Peligro o quanto quiser, não vai achar o Visions pra comprar em lugar nenhum. Pelo menos, não por enquanto... Aproveita, download completamente legal e gratuito!







DOWNLOAD: GS - VISIONS



MySpace
Comunidade do Orkut
Flying Spaghetti Monster
Perfil do Vocalista pra você poder elogiar se quiser (ou xingar, você é quem sabe)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Pang Pung




Album: Pang Pung
Modèle Musical: Instrumental Acoustique, je pense.
Là où: La belle France
Quand: 2006


Pang pung est un projet acoustique réunissant trois musiciens adaptant et composant principalement autour des musiques d’Inde du Nord et d’Indonésie. L’improvisation et une conception cyclique de la musique sont au centre de notre démarche. Ce travail d’adaptation est néanmoins influencé par le culture musicale occidentale. Ceci s’applique également à l’orchestration, qui mêle des instruments des deux cultures.

Le projet Pang pung mêle différents instruments de diverses cultures.

Empruntée à la musique classique d'Inde du nord, il y a la tampura, instrument d'accompagnement qui a un rôle musical proche de la basse continue en musique classique occidentale sauf qu'elle ne décrit qu' un accord, un mode qui va être l'origine du sentiment du morceau. Le son de cet instrument est bourdonnant et continu car sans cesse entretenu et créer une nappe sur laquelle les instruments solistes peuvent s'exprimer.

L’instrument rythmique est le tabla, également issus de la culture musicale indienne. Il s’agit de deux fûts : l’un joué par la main droite, le tabla, est en bois et produit un son aigu ; l’autre, le bayan, est en métal. Cette percussion est accordée en fonction du bourdon afin de le souligner.

La guitare acoustique à été modifiée pour la rendre bourdonnante et modale. Il n’y a que trois notes mais les cordes sont doublées comme sur l'oud ou le luth, faisant gagner l’instrument en attaque et en puissance sonore.

Elle mélange la facilité de jeu d'une guitare et la sonorité de divers instruments à cordes orientaux. Une guitare est en élaboration pour intégrer en plus le principe des cordes sympathiques, des cordes supplémentaires qui entrent en vibration lorsque les cordes de jeu sont utilisées. Ce principe est apparu à la fois en occident pendant la période baroque mais aussi en Afghanistan et au Pakistan sur l'instrument appelé rebab.

La basse acoustique est un instrument moderne apparu dans les années 1970 inspiré du bajon des mariachis d'Amérique latine, mais qui a repris les dimensions et la technique de jeu de la basse électrique. Le compromis entre ces deux instruments a pris plusieurs formes, et celle présente dans le projet est sans frettes, ce qui permet d'approcher les notes en glissant, technique de jeu elle aussi plus orientales
qu'occidentale.


Pourquoi écoutez lui?
Puisque mon Français est ridicule, et la seule description de bande était en cette langue. Du homepage de fonctionnaire.

Tube De Yout:
Aucun YouTube pour vous cette fois.





Téléchargement: Pang Pung - Pang Pung




MonSpace
Babel Fish
Google