segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Solid State Radio, e adeus!



Álbum: Solid State Radio
Estilo: Salada mista
Quando: 2014
Onde: São Paulo

Como avisei no começo do mês, Yes! we have bananas retorna como programa de rádio. Mas é na 89.1? CidadeFM? CBN? BBC? Não, SSR!

A Solid State Radio é um projeto de rádio de internet colaborativo do qual eu e o Vanni fomos coagidos a participar. Nossos programas vão ao ar toda terça-feira, 20h, com reprises às 10h na quarta e 14h no domingo, então não tem desculpa pra não ouvir. Até porque fica o streaming no site depois, vou saber se vocês mentirem. 

Nos primeiros episódios vamos falar de discos que já abordamos anteriormente nesse blog por uma questão de logística, então tenham paciência conosco que já já a gente malha coisa nova. Além do nosso programa tem também outros muito piores na grade, mas dou as bençãos pra quem quiser dar uma chance pra esses babacas. E toca música ruim que você nem pode escolher o dia todo, com os mesmos defeitos de toda e qualquer rádio! Não é demais?

Quero aproveitar e agradecer nossa única leitora, a Carla, pelo caloroso apoio. E é pra você que eu dedico o último post oficial do Yes! we have bananas! Acompanhem agora nosso programa na SSR e, se tiverem interesse, no meu blog bigapplethreeam que também é muito pouco atualizado. Valeu, galera, foi uma bela jornada essa. Nos vemos do outro lado!

Por que ouvir?!

Vai lá, brovsky. O piloto do Yes! we have bananas já está até no ar pra streaming. 


The end.

Me dá tchau apertando o play aí no video enquanto as cortinas fecham. E obrigado por todos os peixes!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Yes! We have atualização!


Álbum: Yes! We have bananas!
Estilo: Meio Robert Mitchum, meio Margaret Thatcher
Quando: 2014
Onde: São Paulo


Faz tempo, heim.

Nesse mundo de groovesharks, soundclouds e spotifys, é meio dureza esse negócio de ter um blog cujo conceito é compartilhar discos piratas. Mais cruel ainda é saber que gente cretina como a Just Lia enche os bolsos pra fazer a mesma coisa que nós fazíamos só que com ainda menos conhecimento sobre o assunto do qual trata em seu blog. E a gente é ignorantão, manja nada de música, nunca sugeri o contrário. Lei do mercado, né.

Não que eu tenha escrito aqui por dinheiro. Isso aqui era trabalho de coração adolescente, moleque, feito até algumas vezes com carinho, outras vezes por um senso mal ajustado de dever. Só que, ainda assim, é bem o que eu disse: meio que perdemos o propósito, envelhecemos mal nessa era da nova internet. Ninguém precisa mais de nós, se é que já precisou.

Enfim, o último post do Yes! We have bananas foi em 2011, e num recorde histórico de NOVE comentários no blog, recebemos aí alguns pedidos pra que voltássemos. Vai ver era da mesma pessoa se disfarçando de mais gente, não sei, gosto de pensar que não. E é por isso que, Ricardo, seja lá quem você for, esse post eu dedico a você, meu amigão. E pros outros que ainda, sei lá porque, mantiveram esse blog no feed.

Prometi, como uma cópia pirata de Dom Sebastião, que ia voltar. Bom, voltei, mas não do jeito que, talvez, vocês estavam esperando. Novos tempos, novas mídias. Eu e o Vanni, os membros originais do blog, começamos um novo projeto aí com o mesmo nome, mesma alma e mesmo assunto: albuns musicais. Só metendo o pau nos outros e falando nossas idiotices costumeiras, pra quem gostava disso.

Avisem os amiguinhos modernex. Yes! We have bananas virou programa de rádio.


Por que ouvir?!

Po, cara. Perdoe o abandono e ouve aí, dá uma chance.

Quando ouvir?!

HAHAHAHA PRIMEIRO DE ABRIL GALERA não, brincadeira. Vai rolar, e vai ser em novembro mesmo, mas por enquanto não dá pra falar muito disso. Só joguei a bomba na mesa pra testar as águas e ver se ainda tem gente que se importa, mas volto em próximo post pra dar todas as informações que vocês quiserem. Comenta aí pra me dar o feedback, pô!

domingo, 3 de abril de 2011

Labirinto


Álbum: Anatema
Estilo: Post-rock
Quando: 2010
Onde: São Paulo - Brasil


Quando entrei no auditório da Livraria Cultura, na verdade entrei em uma outra dimensão. Um ruído perene, sujo e artificial, atacou meus ouvidos assim que coloquei os pés pra dentro. A fumaça enlameava a visibilidade e refletia luzes da cor do âmbar que corriam por sobre os instrumentos e golpeavam as paredes. Imagens em preto e branco, de tratamento retrógrado, se lançavam sobre os instrumentos a percorrer por cenas industriais e aparatos mecânicos. Nenhum integrante da banda estava sequer presente no palco... mas o show já havia começado.

Essa ambientação onírica é parte do conceito e do ethos da banda Labirinto, uma banda tupiniquim que já arremessou arpões na crítica internacional - e fisgou todo mundo que importa. E não é sem motivo, como seria o caso do CSS ou do Holger, mas legitimado na gigantesca substância que verte pelas composições semi-eruditas do frontman Erick. À disposição em sua orquestra, o Labirinto conta com instrumentos que vão desde a dupla violino e violoncelo, passando pelos pilares do rock nas quatro guitarras, no baixo e duas baterias, e alcançando até o reino do glockenspiel, lap steel guitars e sintetizadores. Não se engane, porém: nenhum deles em abuso. Como composições sinfônicas, cada peça do repertório utiliza os instrumentos de forma esparsa, difusa ou explosiva - sem exagerar em nada. Nota por nota, como no disco, as músicas são interpretadas da maneira que foram escritas, a seguir um rigor barroco. Jamais matemático, contudo.

Sou fã de hip-hop, vocês sabem. Na adolescência decidi que se Camões tivesse sido rapper, daria um pau em todo mundo, de Andre 3000 a 2pac. Hoje decido que se Camões tivesse sido roqueiro, teria escrito Anatema.

Aos paulistanos: Dia 08 de maio, no Espaço Serralheria, rola o último show da banda por aqui antes de uma extensa turnê nos EUA e Canadá. Você sempre reclama que suas bandas favoritas não vêm ao Brasil, e a gringada tá pagando caro pra ver esse espetáculo brasileiro. Cinco reais a entrada de estudante por uma intensa viagem a um universo sinestésico e gruento, regido por uma banda que lançou um dos melhores discos nacionais dos últimos vinte anos? Tá mais barato que comprar doce. Nos dois sentidos.









segunda-feira, 21 de março de 2011

Hayvanlar Alemi

Álbum: Guarana SuperPower
Estilo: Psicodélico / instrumental / surf / rock / lambada / o que mais você quiser
Quando: 2010
Onde: Turquia (acho)






Eu não tenho certeza sobre a maioria das coisas dessa banda. Quando eu procurei ela no google, apareceram umas fotos de ursos, zebras e lobos, e os sites eram todos em línguas estranhas.

Dizem por aí que eles são turcos, o que eu não duvidaria. Quer lingua mais estranha do que turco? Mas tudo bem, eu não duvidaria também se me falassem que são indianos, árabes ou qualquer outra coisa esquisita dessas.

Agora sobre a banda mesmo: eles fazem um som instrumental totalmente maluco, meio folk, meio psicodélico, meio surf, meio sei lá o que. Se fosse o Felipe postando aqui, seria uma coisa normal, mas logo eu, um cara tão pelo pop, mccartneymaníaco e que gosta de todas as músicas redondinhas e bonitinhas, postando doideira aqui, é porque o negócio é firmeza mesmo.

E além de tudo isso, eles tem um gosto pela brasilidade: o último disco deles se chama Guarana Superpower, e tem uma música que se chama MEGA Lambada . Confiram comigo no replay:



Agora uma outra música deles, já um pouco mais diferente:



divirtam-se no myspace deles também, tem uns sons sensacionais:
http://www.myspace.com/hayvanlaralemi

e por fim, mas não menos importante, o link:

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tobacco Juice


Álbum:
쓰레기는 어디로 갈까요?
Estilo: Indie rock pop
Quando: 2009
Onde: Coréia do Sul


A Coréia do Sul, junto com toda aquela desgraça asiática, em termos de música de massa não saiu dos anos 90. Enquanto todo resto do planeta já se esqueceu dos horrores dos quintetos do pop como Backstreet Boys, N'Sync e Spice Girls, essa gente ainda está lá, firme e forte, dando vida a mais grupos genéricos de tchutchucas e gostosões sem camisa a cantar baladinhas dançantes por playback - com direito a coreografias.

Nascer em um país com a tradição musical da Coréia do Sul e ousar fazer música sem se vestir com roupinhas estilosas e cabelinho com gel não é só arriscado, é suicídio. Ou coisa de macho.

"Onde eu deveria colocar o lixo?" é um tesouro raro dentre esse oceano de clones-de-clones. O vocalista mescla técnicas tradicionais do trot coreano com a escrotice do pop-punk para guiar canções ecléticas de violãozinho, guitarra, caixa sessentista e baixo roncado. Enquanto muitas vezes a herança do pop nacional coreano fica evidente, uma fanfarra de timbres tempera as composições com referências bem legais de outras partes do mundo. Dá pra sacar um pouco de punk, um pouco de ska, um pouco de folk, um pouco de country, um pouco de indie-rock e até um pouco de hipsterice clássica tipo Edward Sharpe & the Magnetic Zeros.

O melhor: Duas músicas falam sobre Star Wars - só que em coreano. Mais obscuro que isso, impossível.
















segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Best Friends Forever


Álbum: Romance Conflict Adventure
Estilo: Indie pop
Quando: 2007
Onde: AMERICA

Outro dia, ouvindo bandas como New Pornographers, Neutral Milk Hotel, Sugarplastic e Peter Bjorn and John, decidi que ninguém mais sabe fazer pop. É difícil mesmo, tem que nascer com bom gosto, não é coisa que se aprende, no pop o bom gosto é essencial. A linha é bem tênue. E também precisa estar inspirado, é coisa de momento, nem mesmo o Decemberists consegue repetir as fórmulas geniais de Picaresque e Crane Wife. É difícil e hoje ninguém mais sabe fazer igual. Foi coisa da primeira metade dos anos 2000's, hoje ninguém mais quer saber disso, a molecada do rolê alternativo se interessa por outras coisas. Sacanearam.

Mas Best Friends Forever é diferente. A diferença é que elas, aparentemente, SÃO melhores amigas para sempre e isso transborda pelo disco. É muita sacação de bom gosto e mau gosto tudo reunido, uns vocaizinhos que parece que é de sacanagem de tão chutação de balde, parece que tão alcoolizadas, tudo errado, meio nada a ver mas bem intencionado. E tem uns timbrezinhos muito primeira metade dos anos 2000's. Sem falar que as letras são geniais, coisa de gente do bem.

Eu gosto.




















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