sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Polysics



Álbum: Now Is The Time!
Gênero: Cada dia fica mais difícil definir as bandas postadas...
Onde: Tokyo - Japón
Quando: 2005


Os japoneses são uns bostas. Todos eles.

Não escondo minha aversão a essa raça maligna. Meu horror ainda é maior quando se trata da música nipônica... J-rock, J-pop, BORIS!? Prefiro tomar um tiro nas bolas a me ver obrigado a escutar essas heresias. Tortura muito mais cruel do que botar gente no saco, gritar "O senhor é um fanfarrão, seu zero meia" e virar uns tapas na orelha.

Mas nem tudo, tudo, tudo é essa desgraça também. Assim como sou fã de trilhas de desenho animado (conforme post anterior), também não escondo que sou grande fã de trilhas musicais de video-game. Koji Kondo, Motoi Sakuraba, Yoko Shimomura, Yasunori Mitsuda. O jogo Chrono Cross, por sinal, tem umas das músicas mais bonitas que já ouvi. Além desse, um outro jogo que foi companheiro de muita gente na infância também garantia uma sonzeira de empolgar até velhotes com hérnia de disco: Bomberman, para Super Nintendo.

Bomberman era sensacional. Teminhas com levada eletrônica e melodias alucinadas em batalhas épicas entre quatro robozinhos mestres em explosivos. Aí a gente cresce, esquece do jogo e deixa tudo pra lá. Parecia Game Over. Mas então de repente, não mais do que de repente, me aparece essa gente vestida de astronauta... E não era o Daft Punk!

Tem gente que compara com Devo, mas não tem nada a ver. Tem gente que compara com Yellow Magic Orchestra, mas também não tem nada a ver. Tem gente que diz até que é um "Hives japonês", e não tem nada a ver MESMO. Polysics é Bomberman, puro Bomberman. Desde a língua inventada, os sintetizadores comendo em um ritmo frenético, as guitarras arranhadíssimas, os berros. Os gritos de guerra! Ah, os gritos de guerra. Tem que ouvir pra entender. Eu ouvi, entendi, e depois disso os japas nem me parecem tão ruins assim.

Alguém quer jogar uma partida de Super Bomberman 5?


Porque ouvir?!
Porque você vai querer se vestir igual a eles. E considerando que as roupas não são nada legais, isso quer dizer muita coisa.


YouTube:








DOWNLOAD: POLYSICS - NOW IS THE TIME!




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Opitiaru Saito
Rom de Super Bomberman 5
Boom!

Obs: Aquela banda de J-Rock? Todos homens.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

The Go! Team



Álbum: Proof of Youth
Gênero: Eu não sei, e você também não
Onde: Brighton - Inglaterra
Quando: 2007


Não é segredo que sou grande admirador de diversas trilhas sonoras de desenhos animados.

Quem nunca se emocionou com o tema das Meninas Super Poderosas? Ou com a musiquinha empolgante do Underdog? Tudo muito lindo, sem pretensão de fazer parte de um ou outro estilo ou faceta musical. Simplesmente, só se trata de música... Pois é, The Go! Team é uma banda assim: Temas e temas para personagens imaginados por quem ouve.

Essa banda inglesa formada por seis membros (entre eles, dois bateristas e uma rapper) sabem fazer um dos sons mais criativos e generosos dos últimos tempos. O excelentíssimo Thunder, Lightning, Strike, primeiro disco oficial lançado em 2004, deixou todos os fãs doidos de euforia, e ansiosíssimos por uma sequencia. Proof of Youth foi uma resposta muito melhor do que a esperada... E quem sabe, talvez o melhor disco de todo o ano! Radiohead? Pfu!

Guitarrinhas, mixagem setentista, hip-hop, escaletas, rock minimalista, gaita a la Dylan, levadas simplistas de baixo, batidas dançantes, banjo, gritos de guerra de cheerleaders, clima feliz, açúcar, tempero, e tudo que é gostoso criam a amplitude de estilos e conceitos batidos no liquidificador e espalhados generosamente sobre o disco, e sobre a forma de cada uma das faixas. Uma delícia.

Eu aconselho MUITO vocês a, após ouvir esse, ouçam também o primeiro disco. Se não conseguirem achar, posto aqui. Me sinto mais generoso quando se trata de The Go! Team...


Porque ouvir?!
Se logo na primeira faixa você não sentir um frio na espinha de emoção, ativando memórias nostálgicas da sua infância ou de épocas mais felizes sem faculdade, mil trabalhos e TCC, quando tudo era mais barato, bonito e você não tinha que se preocupar com nada a não ser com o que ia acontecer no próximo episódio de Tartarugas Ninja, espero que alguém enfie uma agulha de tricô no seu ouvido e te deixe surdo para o resto da sua miserável vida. Seu canalha sem coração.


YouTube:










DOWNLOAD: THE GO! TEAM - PROOF OF YOUTH



Compre o Disco pra Mim
Site Oficial
MySpace
Underdog!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Radiohead



Álbum: In Rainbows
Gênero: Róque Alternativo
Onde: Oxfordshire - Inglaterra
Quando: 2007


Ok. Sem palhaçada.
Todo mundo aqui conhece Radiohead, todo mundo aqui gosta de OK Computer, todo mundo aqui odiou o disco solo do Thom Yorke, todo mundo aqui olha feio quando alguém cutuca você e diz: "Pô, eu conheço uma deles, se chama Creep!". Então não preciso ficar gastando o dedo pra escrever sobre a banda. Vamos logo ao que interessa!

Pronto, saiu o In Rainbows. O que todo mundo aqui também já deve saber.

Em caso de dúvida, para os despreparados, sigam ESTE LINK. É o site oficial de compra do In Rainbows, cuja versão MP3 você pode adquirir legalmente e completamente de graça (você paga o quanto quer, no duro. Eu paguei zero libras) se você tiver paciência de preencher seus dados de cadastro. Ou pode ser trouxa de, além de preencher os dados de cadastro, também resolver pagar. O positivo de preencher os dados é que eles podem ver que tem muito brasileiro puxando e resolver vir pro Brasil (Isso é só uma desculpa esfarrapada, a real é que não é bem assim que funcionam as coisas. O problema é que eu estou morrendo de preguiça de uploadar o disco).


Porque ouvir?!

É RADIOHEAD, pessoal. Baixem.

YouTube:







SITE PRA COMPRAR (OU PEGAR DE GRAÇA) PRA QUEM NÃO TEVE PACIÊNCIA DE LER LÁ EM CIMA O QUE EU ESCREVI.




Compre o Disco (Duh!)
Site Oficial
Thom Yorke com cara de retardado

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Clor


Álbum: Clor
Gênero: postelectropunktradrock
Onde: Brixton - Inglaterra
Quando: 2005 - 2006


Isso é uma ameaça: Você vai puxar esse disco, ouvir tudo quietinho e gostar. Porque se isso não acontecer, eu vou até a sua casa, piso nas flores do seu jardim, chuto seu cachorro, bato na sua mãe e te encho de porrada na cara. Porque Clor é bom assim.

O disco começa estourando em uma progressão de acordes extravagante, e um solo de guitarra setentista berrando ao fundo. De repente, uma linha de baixo eletrônico a la She Wants Revenge começa a te fazer requebr... CALMA, NÃO MUDE DE MÚSICA, ERA BRINCADEIRA. Era brincadeira! Principalmente porque é aí que começa o vocal e a explosão sonora que cresce rumo ao refrão. Se for para descrever as melodias e a voz de Clor em uma palavra, eu seria obrigado a descreve-los como "pontudos". Pontudos? Tem que ouvir pra entender, e eu sei que você vai concordar.

Guitarrinhas angulares deitadas sobre camas de progressões únicas, mudanças de humor e sonoras linhas de baixo. Sem esquecer do teclado e sintetizadores essenciais. É como uma manifestação musical da mente de um esquizofrênico. Um som caótico, imprevisível, mas mesmo assim muito certo: "catchy" e difícil ao mesmo tempo.

Ah, e os singles do disco foram muito bem escolhidos: Good Stuff, Love + Pain, Outlines. De forma alguma desmerecendo as outras. A baladíssima Gifted é presença essencial na tracklist, assim como Garden of Love, Stuck in a Tight Spot, Magic Touch, Dangerzone, Goodbye... Ah, com essa seleção não tinha muito como errar.


Porque ouvir?! Como tudo que é muito bom acaba logo, a banda pendurou as luvas em 2006, durando pouco mais de um ano no total. O lado negativo: Não poderemos nem sonhar com uma continuação dessa obra prima que é o disco self titled. O lado positivo: Você baixa a discografia completa agora mesmo. Só mandar ver!


YouTube




Download



CLOR - CLOR [DOWNLOAD]



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É Site?
MeuSpaço
Link Caso Você Não Goste de Clor

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Tradicional Rhinos



Álbum: Sem Título (Polybat)
Gênero: Róque
Onde: São Paulo - Brasil
Quando: 2003 - 2005?


Todo mundo adora bandas one-hit wonder. A-ha e Take on Me, Baz Luhrmann e Sunscreen, Carl Douglas e Kung Fu Fighting. Até a banda fictícia The Wonders e sua musiquinha grudenta That Thing You Do. Agora, o que dizer de uma banda no-hit wonder?

Tradicional Rhinos é assim. Apesar de um moderado sucesso na Trama Virtual, uma ou outra resenha independente (e até mesmo uma no blog da MTV) aclamando-os "a melhor banda nacional", nada passou de poderia ter sido. Na verdade, desde a formação original da banda até a sua dissolução total, passando por várias outras formações, inclusive com permuta de membros entre os gaúchos do Stratopumas, Tradicional Rhinos não lançou um único disco sequer. Mesmo assim, não há como se ignorar o feeling e as fantásticas habilidades de composição de João, frontman da banda. Mesclando um rockzinho meio garagem a la Strokes com um arzinho de Los Hermanos, riffzinhos muito certos de guitarra casam com tecladinhos, linhas de baixo gostosas e uma bateria digna do mestre Starr: Nada de virtuosismo de babão, apenas a batida perfeita para cada clima e música. Salvação do rock ou não, esses meninos fizeram um bom trabalho. Descansem em paz!

Ah, e estejam avisados: O vocal não é lá um Jeff Buckley, mas vocês idolatram o feio do Casablancas que também canta mal pra caralho. Então tá ótimo.

Porque ouvir?! Porque se você não ouvir aqui, não vai ouvir em lugar nenhum, filhão. Além disso, o baterista é assim:



E o pior é que eu to falando sério.



DOWNLOAD - TRADICIONAL RHINOS



Trama Virtual - Site
Comunidade do Orkut
Perfil do Baterista (ha ha!)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Isao Tomita

Álbum: Snowflakes Are Dancing
Gênero: Eletrônico
Onde: Japão/Tóquio
Quando: 1974

Switched on Debussy? Quase.
Isao Tomita teve a idéia de gravar Snowflakes Are Dancing após ouvir o clássico de Wendy Carlos. Adquiriu um Moog III e pôs a mão na massa. A idéia é praticamente a mesma, mas Isao varia os arranjos, deixando o Moog como apenas mais um instrumento no meio dos outros sintetizadores e samplers, diferente da Wendy.
As músicas são todas do compositor impressionista Claude Debussy, incluindo suas canções mais populares como Clair de Lune da Suite Bergamasque, e Arabesque.
A versão de Tomita para Clair de Lune foi usada na trilha sonora do blockbuster Ocean's Thirteen, em uma cena que não sugere a calmaria ou beleza da música, muito menos se olharmos o contexto do resto da trilha. Isso sugere o fim da boa série dos Ocean's que na sua terceira continuação, além de bem fraquinha, deixa a versão de Tomita perdida no que parece ser outro filme.

Por que ouvir?! - Existe uma lenda urbana sobre pessoas que gozaram quando ouviram Clair de Lune. Não sei se isso é possível mas, se vc é um grande fã da música eletrônica e dos compositores clássicos, está sujeito a sujar a cueca. Boa sorte.

Snowflakes Are Dancing DOWNLOAD 56mb

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Petty Booka

Album: Let's Talk Dirty in Hawaiian

Genero:
Musica Havaiana

Onde:
Havai? Nao, Japao!

Quando:
2003



Eu costumo gostar bastante de bandas que sobrevivem apenas de covers e versões sinistras de músicas já existentes, conhecidas ou não. Nesse estilão eu já baixei tudo o que vocês podem imaginar, desde 'A String Quartet Tribute to Led Zeppelin' até 'A Bluegrass Tribute to Modest Mouse', passando inclusive pelo fantástico 'Basie on the Beatles'.
Mas tem uma duplinha que desde meados de 2003 tem um lugarzinho reservado no meu coraçao, e é sempre a mesma coisa: é so eu ouvir as primeiras notinhas dos seus ukuleles que eu já me sinto na praia cantando "wiki-wiki wacky waikiki..."


Petty Booka são duas japonesinhas - com voz de japonesinhas - que cantam músicas havaianas, country e rock, tudo isso naquela levadinha havaiana que te dá vontade de pedir um drink colorido com um guarda-chuvinha. E sempre com a voz de japonesinhas! Elas fazem versões de 'Dancing in the Street', 'Baby It's You', e até 'I Wanna be Your Boyfriend', dos Ramones, todas regadas a muito ukulele e com doses cavalares de slide. Sensacional, eu diria.
Ainda de quebra, é um belo disco para fazer um verão-fora-de-hora, com muita areia na sala, bananeiras de papelão e a torneira aberta para dar um barulhinho de mar. Se você ainda tiver sorte e na rua da tua casa for dia de feira, a sua praia artificial vai estar completa, com direito a cheirinho de peixe e tudo! E te garanto, querido leitor, que com esse disco o seu verão-fora-de-hora não vai ficar devendo nada pro veraozão do fim do ano.
Lembrando sempre de passar protetor solar! Aloha!


quarta-feira, 20 de junho de 2007

Spoon

Álbum: Ga Ga Ga Ga Ga
Gênero: Indie Rock
Onde: Austin/EUA
Quando: 2007

Em julho, Spoon de volta com mais um cd memorável. Depois de mundialmente apresentados em 2001 com o Girls Can Tell, Ga Ga Ga Ga Ga aprimora a qualidade de primeira linha dos texanos.Melodias tipicamente populares sem exageros, na hora certa, e no lugar certo, salpicadas por ritmos originais como em Rhythm & Soul e Eddies's Ragga - claro que formatadas ao estilo brit pop da banda.A primeira vista soam completamente adolescentes, principalmente nos vocais roucos de sotaque carregado de Britt Daniel, também por uma energia que não chega a ser explosiva como os chamados "New Rave", mas animadora. O problema é que são grandes marmanjos. Um bom exemplo de maturidade musical preservando a qualidade jovial.Destaque também para a simplicidade harmônica que dá um roupagem incrível para os arranjos musicais, fazendo com que não passe do bom e velho rock que amamos. :)

Mp3: Finer Feelings - Spoon
Mp3: My Little Japanese Cigarrete Case - Spoon

Ga Ga Ga Ga Ga DOWNLOAD 51mb

quarta-feira, 13 de junho de 2007

White Stripes

Álbum: Icky Thump
Gênero: Rock
Onde: Detroit/EUA
Quando: 2007

Discão, hein? É sim. Não vou dizer que dá um pau no Elephant, mas também, o Elephant está na lista dos melhores discos da história pela Rolling Stone, então acalmem os ânimos. Mais uma coisa: sempre meteram o pau na Meg, que ela toca que nem criança e coisa e tal, pois é, eu sempre achei o máximo. Agora parece que ela quis dar uma de Ringo Starr: "Quer dizer que eu toco mal?! Então toma She Said, She Said!" - não seja uma criança babaca e venha me dizer que ela toca mal. Se tocasse, não teriam a fama que tem e muito menos teriam a admiração do mestre ancião McCartney - É bem por aí. Meg dá um show, ao lado do Jack Hendrix White, esse sim que toca que nem criança, brincando tanto com a guitarra que acaba nos proporcionando os melhores riffs e solos de guitarra da atualidade.

A exploração de instrumentos 'inusitados' vem sendo constantemente usada nos últimos lançamentos, até porque esses rocks de guitarrinhas modernas já deram o que tinham que dar. Jack White deu o braço à torcer um pouco antes no Get Behind Me Satan com a marimba, agora, tem trompete gritando e solando junto com a guitarra naqueles agudos de estourar o tímpano na faixa Conquest; um Moog simulando uma gaita de fole e bandolim na maravilhosa Prickly Thorn, But Sweetly Worn, e órgãos lembrando o começo da década de setenta, em algumas faixas. Quem esperava pelo piano incrivelmente competente do White, vai ficar chupando o dedo. Não tem.

Neste disco, o estilo de riffs pausados e pesados com a bateria acompanhando da mesma forma (Hardest Button To Button, Seven Nation Army...) foi usado mais do que em todos os outros juntos. Jack ativou a máquina de fazer hype lembrando estes hits, mas não parece ter adiantado. Parece que o Benny Benassi não vai remixar nenhuma música do Icky Thump. (obrigado senhor).

Porque baixar?! - Porque o Jack White ligou furioso para a Dj de uma rádio que vazou o Icky Thump, dando esporro e fazendo ela chorar. Você baixando essa maravilha vai contribuir para fazer mais um pop star nervosinho.


Vídeo - The White Stripes - Icky Thump (live Jools Holland)









quarta-feira, 6 de junho de 2007

Justice

Álbum:
Gênero: Eletrônico
Onde: França/Paris
Quando: 2007

Próximo lançamento muito esperado do mês de junho, os "primos" do Daft Punk vem aí, olê olê olá. Também são uma dupla francesa e compartilham o mesmo manager, ou seja, o nível de qualidade do Justice não perde em nada para o mega famoso Daft.

O hit D.A.N.C.E teve o vídeo lançado a algum tempo já para deixar um gostinho maravilhoso do que vem por aí. Para alegrar, a rapper francesinha, deliciosíssima, Uffie, canta na versão de The Party. Arrisco dizer que é a segunda melhor do disco. De resto o instrumental eletrônico domina o disco com seus samplers, sintetizadores e riffs de guitarra pegajosos, dessa vez sem vocoders excessivos para não dar na cara que é um Daft Punk dois.

A fórmula mágica é realmente a mesma. Assim como o teclado fechando com chave de ouro a faixa Let There Be Light e toda energia melódica que envolve os hits D.A.N.C.E e The Party. O duo Justice aprendeu com os melhores do ramo, que sempre mostraram que até na música eletrônica uma melodia pop não faz mal à ninguém, pelo contrário, isso foi um dos principais elementos que os tornaram grandes.

Por que baixar?! - O lançamento mais dançante do ano, cortando para os dois lados. O tipo de som do Justice é o que agrada os fãs da música eletrônica e do rock, unificando esses grupos tão diferentes que já uniram gostos pelos mesmos motivos, no caso de Kraftwerk e Daft Punk. Agora, tudo para acontecer de novo.

Mp3: The Party - Justice
Mp3: Let There Be Light - Justice

Vídeo: D.A.N.C.E - Justice



sexta-feira, 18 de maio de 2007

L'Ocelle Mare


Gênero: Math Rock. Ou não.
Onde: Riberac, França
Quando: 2006

Bléim... Blóiim bléimmmm. Plim plim, tuc tuc. Blóim Bléimmmm... Tcham blam blam!
(fuuuuuuuuuuu) Blim Blem Blim Blem.......
(fiiiiiiiiiiiii) Tchém tchéim tchéim tchéim tchéim tchéim tchóim! Blemblemblemblem. Brululum. Brululum lululum lulum. Pléim pléim trololoim. Préééééimmmmmm (fuuuuuuuuuu fuuuuuuuuuu) tum tum tac tac... (fuééééééééééééé) Bléim blém bléim blém trolololoim. Blóim blóim. Plim plem plim plim plim plim. Tchagutchan tchag tchag tchag trererem tchagutchan tchag tchag tchag TREREM.

Shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.....

Trrrrruéim. Dleng dleng dleng dleng dleng dleng dlengdlengdlengdlengdlengdlengdlengdleng, blém blém blém. Dleng dleng dleng. (fuuuuuuuuuuuuuuuuu) tchoééééééééééééééimmmmmmmmm.... Tchagutchan! Bléim blóm. (fiiiiiiiiiiiiiiiii) PÓIM........................ Plimmmmm....... PÓIM PLIM......... BléimbléimbléimBLÉIMBLÉIM. Brululum lululum lulum. (fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu) Bleng bleng bleng. Trrrrrrruéééééééim. Tuc tuc tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. Tac. TRUÉÉÉÉÉÉIM PÓIM BRULULUM BLÉIM BLÉIM. Tch tch tch tch (fuuuuuuuu) plim plim plim plimplimplim plim plim plim plimplimplim (tch tch tch tchtchtch tch tch tch tchtchtch) Blééééimmmmmm....

(fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu.....)

Porque baixar?!




L'OCELLE MARE - L'OCELLE MARE



Entry no Last.fm
MySpace

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Little Barrie

Álbum: We Are Little Barrie
Gênero: Funk/Soul
Onde: Nottinghamshire/Inglaterra
Quando: 2005

Little Barrie, o excelente trio inglês que como poucas bandas modernas revivem a energia e a alma inebriante do legado deixado por James Brown, Parliament/Funkadelic e tantas outras divas.
We Are Little Barrie é o disco de estréia do power trio. E logo no começo já mostraram que não iam ficar para trás dos mestres.

Rotulando o som da banda temos algo como a sex machine de James Brown em toda sua forma; I heard it through the grapevine do Creedence com toda sua lenga lenga gostosa e de quebra uma percussão aqui e ali se assemelhando aos ogros das raízes do heavy metal, Steppenwolf.

A fórmula mágica do Little Barrie se concentra principalmente no grande baterista Wayne Fullwood. Wayne canta algumas músicas e outras faz os backing vocals com sua voz de diva do Soul, literalmente. Parece uma menina cantando, o gordinho. Sem mencionar o timbre absurdo de sua bateria deixando claro que o hip hop não passa de um pupilo do lendário Soul/Funk. Completando, vocais adolescentes de Barrie Cadogan solando sem estripulias sua semi acústica e um baixo muito bem pegado por Lewis Wharton.

Porque ouvir?! - Em memória da lenda que foi/é James Brown e todas as outras bandas do estilo, completamente defasadas hoje em dia, o Little Barrie dá uma aula de rock moderno em cima dessas porcarias aclamadas pela mídia inglesa (cansei de ser sexy) e trás de volta o gostinho delicioso dos rebolados cheios de black powers dos anos sessenta.


Vídeo: Greener Pastures (ao vivo) - Little Barrie







sexta-feira, 4 de maio de 2007

Rock Plaza Central

Gênero: Folk/Country
Onde: Toronto/Canadá
Quando: 2007

O que se esperar de um canadense? Ainda por cima de um canadense fazendo sua p.h.d em literatura e você vai lá e dá um violão na mão dele.
Rock Plaza Central - Are We Not Horses é uma historinha bonitinha sobre cavalos de aço que se acham o máximo e derrepente descobrem que não são de verdade. Aí gera toda a zona. Aí também que eu me pergunto: um p.h.d em literatura nunca ouviu falar do Pinocchio? Tudo bem que inovação nem sempre é sinônimo de qualidade, só acho que alguém com esse nível de instrução acadêmica podia ser menos, plagiador, digamos. Mas sem problemas, afinal ninguém fez um disco pro pobre do boneco de madeira.
Deixando de lado o tema imbecil, falemos da música. Essa que compensa tudo.
O vocal de Chris Eaton não passa de uma mistura de Modest Mouse com Neutral Milk Hotel. Na intrumentação adiciona um Decemberists com essas duas e temos o Rock Plaza. Mistura de sons bem semelhantes, portanto, sem erro.
Eu não estou descendo o pau nos caras não. O disco é delicioso. Voz de caipira fanho com todo aquele climão country que um banjo pode oferecer, ainda por cima bem servido de melodias excelentíssimas, com coerência sequencial de dar gosto. O disco acaba e você nem percebe, tem que dar o play de novo e pôr o Dolly Parthon na sequência.

Porque baixar?! - Ele começa cantando tão melancólico: "I am an excellent steel horse..." que dá até dó. No final ele repete quinhentas vezes para afirmar que: "...we have a lot to be glad for...". Aí você descobre que não passa de um perdedor canadense falando o quanto sua vida é ingrata porque ele não come ninguém com sua cara de caipira. E ele estudou pra caramba pra inventar uma metáfora pra não o chamarem de emo chorão, que no final das contas a desculpa foi visual, musical e literária. Palmas para mais um canadense. Chris Eaton é gente que faz.
MAS O SOM É MUITO BOM!

Mp3: When We Go, How We Go (Part 2) - Rock Plaza Central
Mp3: Anthem For The Already Defeate - Rock Plaza Central



Pobres cavalinhos

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Mew



Gênero: Shoegaze / Dream Pop
Onde: Dinamarca
Quando: 2005

Eu sei, eu sei. A capa do disco é horrorosa, mas as capas do Blonde Redhead também nunca foram uma maravilha.

Mew é como um soco na cara. Depois do fantástico Frengers de 2003, quando todo mundo se perguntava "Mas o que essa gente pode fazer pra tornar sua música ainda melhor?", a banda simplesmente cospe em nosso colo o And The Glass Handed Kites, onde fizeram exatamente o oposto de tudo que já tentaram até então. E o resultado não poderia ser melhor.

And The Glass Handed Kites é uma extensa ópera-rock sem intervalos. O disco inteiro não apresenta transições silenciosas entre as faixas, transformando-o em uma única longa música, que salta de lá pra cá sobre notas de guitarras angulares. Além da incrível habilidade de compor melodias nas mais complicadas marcações de tempo sem deixa-las esquisitas, a banda tem um dos "backvocals" mais bonitos da música moderna, ainda que sem harmonias a la Beach Boys. O uso constante de falsettos e distorções dramáticas que alteram de humor durante todo o disco transformam o prazer de ouvi-lo em uma experiência essencialmente onírica. Quase uma trilha sonora para Sandman, para se saborear inteiro de uma vez só.


Porque baixar?! - Não baixe. Passe bem longe de And The Glass Handed Kites se você não gosta de My Bloody Valentine, Dinosaur Jr. ou mesmo Sigur Rós. Evite a todo custo se você gosta de meninos bonitinhos de cabelos bagunçados e terninhos combinados de all-stars. E nunca, nunca, NUNCA nem cite o nome do disco caso você não tenha coragem para não entende-lo na primeira ouvida. Porque é mais ou menos por aí.


YouTube:






And The Glass Handed Kites - Download


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Çaiti Ofissiau

sexta-feira, 27 de abril de 2007

White Stripes


Oba! Tocaram numa rádio uma do Icky Thump! \o/

Só uma pergunta: esse aí é o Jack White ou o Robert Plant?

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Patrick Wolf

Gênero: Folktronica/Pop
Onde: Inglaterra/Londres
Quando: 2007

As semelhanças de Patrick Wolf com Pee Wee Herman não são meramente ilustrativas. Além das roupas de nerd e brinquedinhos, ele também parece ser aquele eremita que se tranca no seu estúdio e só sai de lá com disco pronto, após muita brincadeira com sua viola, violino, cravo, harpa e o cacete a quatro.
The Magic Position é mais uma ópera do ano. Sem intervalos entre as músicas, Patrick consegue mesclar climas que na primeira audição parecem já definidos, mas que surpreendem, ainda tendo unidade. A percussão é marcante do ínicio ao fim com bumbos, algumas vezes, timbrados eletronicamente. No caso de Bluebells, fogos de artifício ajudam a construir o ritmo de forma original, mas raramente se ouve outros elementos da bateria. De cabo a rabo do disco o piano ecoa claro e bem executado fazendo parzinho com as cordas. De quebra, sintetizadores com influência de Kevin Barnes fecham com chave de ouro restando apenas para a voz Adam Green anos oitenta de Patrick dar o charme final.
Get Lost é a única que foge um pouco a régra, por isso leva jeito de hitzinho twee do disco. Sua melodia é bem pegajosa ao contrário das outras canções que parecem um circuito aberto, nunca se sabe onde o Patrick quer chegar.

Porque baixar?! - Uma fórmula aparentemente nova, também usada pelo boiolinha do Mika, que funciona maravilhosamente bem: a mescla de piano e cordas soando perfeitamente claras com elementos do rock moderno e eletrônico apimentados por vozes engraçadas porém charmosas.

Mp3: Get Lost - Patrick Wolf
Mp3: The Stars - Patrick Wolf

The Magic Position DOWNLOAD 49mb

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sexta-feira, 6 de abril de 2007

Chester French


Eles são nerds.
Não tem disco,video,single,site pronto e pasmem,nem MP3 pra baixar (pelo menos até agora ;])
Os indies menos preconceituosos vão gostar,os mais idiotas vão detestar e os não indies irão adorar.Foi numa dessas buscas inúteis pela internet que me deparei com o Chester French - dois nerds americanos que se conheceram nas bibliotecas de Harvard e terminaram fazendo um sonzinho super bem feito sem lá muito compromisso.Acontece que quando você menos espera eles começam a aparecer na MTV,no Stereogum,ganham destaque no Myspace e tcharam!Conseguem da noite pro dia comparações com o Weezer e ganham voto de confiança do Brian Bell.
Ta,tudo bem,nem o Chester French nem músico nenhum gosta de ser comparado com outras bandas por ai,mas ao ouvir Jimmy Choo não tem como não lembrar do brilhante Blue Album,e nesse caso não tem nem como negar a influência.
Resumindo,das roupas de jogador de golf as letras ironicas da pra se divertir bastante com esses caras.E lembra que eu disse ali em cima que não rolava de achar mp3 para baixar?Pois é,numa dessas minhas conversas com o D.A. via web consegui descolar a melhor música dos caras para deixar o seu I-pod mais feliz :)
Divirta-se!


Chester French's MySpace

Chester French - Beneath the Veil

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Beach House

Gênero: Dream Pop/Folk
Onde: EUA/Baltimore
Quando: 2006

É um pouco difícil descrever o duo Victoria e Alex. Eu resolvi procurar uma expressãozinha bonita para entenderem mas só pensei em: "My Bloody Valentine sem guitarras". Aí já complica, porque My Bloody Valentine é só guitarra. Enfim, é isso aí que é o Beach House: um órgão e um teclado, uma voz bonita, uma bateria eletrônica e uma guitarra de canto. Mesmo com esse monte de banda estranha que aparece por aí (Xiu Xiu, Scott Walker) o Beach House tem uma veia bem popular se apoiando só na melodia, linda de morrer, deixando de lado esses estranhões que de original só tem a loucura.
Em Lovelier Girl, a harmonia manda bem, com uma linha de sintetizador bem bonita que eu até arriscaria dizer que o Albert Hammond Jr. se inspirou no seu disco solo.

Porque baixar?! - São os queridinhos dos nerds americanos que ouvem cinquenta bandas por dia. E seriam os queridinhos do mundo inteiro se todos ouvissem música sem preconceito. ;)

Mp3:
Master Of None - Beach House
Mp3:
Lovelier Girl - Beach House


Beach House DOWNLOAD 50mb

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Switched on Bach


Genero: musica clàssica eletronica.
Onde: em alguma dimensao paralela.
Quando: 1968


Se imagine em 1968. Agora imagina que voce é um cara bacana, chamado Walter Carlos. Voce toca piano desde os 6 anos, se formou em musica e em fisica, estudou com um dos pioneiros da musica eletronica, tira fotos de eclipses solares nas horas vagas, e tem uma belezinha dessas na tua casa. O que voce faz?
Oras, mas que pergunta boba. Claro que voce faz um disco so de Bach tocado em moog.
Pois é, foi isso que ele fez.
Mas nao foi sò mais um disco. Além de ter sido o disco de musica clàssica mais vendido de todos os tempos (500mil còpias), ainda foi o comeco de tudo, se tratando de sintetizadores.
Està achando tudo isso muito estranho? Calma, ainda tem mais.
Quando voce procura a biografia do nosso amigo Walter Carlos, ela comeca mais ou menos assim: "Wendy Carlos (born Walter Carlos, November 14, 1939)..."
Epa, mas como assim? Quem é essa tal de Wendy Carlos? O que fizeram com o Walter?!?
Pois é, em meados de 1972 ele fez uma operaçaozinha ali, e se tornou Wendy Carlos. Estranhao ele (ou ela, depende do ano), né?

E se voce continua achando tudo isso muito estranho, é porque ainda nao ouviu o disco. A musica 'Preludio e Fuga #2 em C menor', por exemplo, combina perfeitamente com uma corrida de cobras de cadeiras de rodas no meio do Alasca. Ou com a coisa mais sinistra que voce conseguir imaginar. Chega a ser ate divertido imaginar situaçoes para as musicas.
Um destaque do disco é a versao em moog da famosa 'Aria na corda G', citada por 9 a cada 10 bandas bacanas.

Sinceramente, nao tenho muitas palavras para descrever esse disco. Acho que a capa ja descreve ele perfeitamente. Sò ouvindo pra sacar. :)

Download: Walter Carlos - Switched on Bach

onde comprar?

Nao sei. Se eu soubesse, eu ja teria o meu. Mas de repente voce acha em algum sebo, por ai. Isso se voce conseguir fazer tua vitrola velha funcionar.

myspace:
pfff... brincou, né?

terça-feira, 27 de março de 2007

Under The Influence Of Giants

Gênero: Indie Disco
Onde: EUA/Los Angeles
Quando: 2006

Ótimo lançamento do ano passado, Under The Influence Of Giants tem uma mistura interessante do rock moderno+dance e uma pitada de anos oitenta. Vocais bem enfatizados em todo disco mostram o primeiro gigante que eles sofrem influência, o trio Bee Gees. Outro nem um pouco gigante que se assemelha muito aos caras é o dinamarquês Mew, com o mesmo estilo de vocais agudos só que nem tanto suingado ao estilo Jamiroquai que os caracteriza.
O disco tem alguns momentos lentos, nos quais deixam um pouco de lado a energia da disco music e mostram melodias de uma simplicidade boba (como toda balada) mas que valem a pena conferir. Ficam em destaque os riffs de guitarra bem trabalhados, o ritmo contagiante e o revival dos Bee Gees na voz de Aaron Bruno. A menina loirinha ali.

Porque baixar?! - Te faz lembrar do primeiro disco do Rapture mais o Travelling Without Moving do nosso querido Jay Kay(Jamiroquai). Vozes interessantes e a energia caótica dos moderninhos do Mew deixam o disco com uma mistura original. Aproveite, já que o Jay Kay abandonou a carreira para ir procurar mulher de helicóptero.

Mp3: In The Clouds - Under The Influence Of Giants
Mp3: Stay Illogical - Under The Influence Of Giants

Under The Influence Of Giants DOWNLOAD 50mb

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segunda-feira, 19 de março de 2007

St. Vincent

Gênero: Folk/Pop/Jazz
Onde: EUA/Boston
Quando: 2006

St. Vincent é o primeiro trabalho solo de Annie Clark, membro do brilhante espetáculo musical Polyphonic Spree. Para quem não conhece este também, provavelmente já o ouviu no filme 'Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças'.
Apesar de não ter a menor semelhança com o Polyphonic, Annie esbanja talento por outras vertentes, como sempre comentado em seus one-man shows, um grande virtuosismo na guitarra. Mais especificamente neste EP, a coisa é um pouco mais comportada, mas exageradamente eclética. São apenas três músicas. A primeira, que leva o nome do disco, aponta um refrão a altura do seu primeiro grupo, o Polyphonic. Uma levada ao estilo pop de batidas marcantes dos dias de hoje, mas tudo muito bem contido, até porque não é só de refrão que vive a música. Já na segunda faixa, sem muita distinção, o clima muda para aquele glamour da década de sessenta na música francesa com o adicional de voz de travesseiro de Annie ao melhor estilo Jolie Holland (cantora de jazz que o St. Vincent já abriu shows). Se aproveitando da mistura anterior, a terceira música parte mais para o folk, esquecendo um pouco os arranjos de cordas e se baseando numa escala que lembra muito os Mutantes (grupo brasileiro dos anos 60) e seu hit Virginia. O que não seria exagero dizer que ela teria influência do grupo que é famoso mundialmente. Talvez apenas só coincidência.

Porque baixar - Enquanto o aguardado álbum para 2007 não sai, Paris Is Burning é uma boa entrada para os amantes da música folk/jazz e até, porque não, ouvintes do Polyphonic Spree.
Annie deixa claro que é mais do que um membro no gigantesco Polyphonic e que consegue apaixonar a platéia tocando sozinha sua guitarra e batendo o pé. Inclusive dizem que sempre tem uns engraçadinhos que aproveitam o clima da música Marry Me para delatar amores platônicos no palco pela menina do cabelo estranho.

Mp3: Paris Is Burning - St. Vincent



St. Vincent - Paris Is Burning EP DOWNLOAD 29mb

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Blog - Annie Clark

domingo, 18 de março de 2007

Amy Winehouse

Gênero: POP
Onde: Inglaterra - LND
Quando: 2006

Tenho que confessar: quando vi pela primeira vez Amy Winehouse no programa Nevermind the Buzzcocks peguei uma certa aversão a moça.Cheia de alfinetadas,de piadinhas junkie idiotas,"May I have a drink now?" blabla.Não gostei, achei poser, escrota.Acontece que o tempo passa e com ele o Britawards tambem,e depois daquela apresentação ao vivo super legalzinha,com direito a metais,backing vocals dançando,batendo palminhas,vozeirão de primeira e cabelo de Elvira não teve jeito..eu tinha que dar uma chance pra música da Amy!
Back to Black é daqueles discos pra ter no Stereo de casa quando os amigos resolvem te visitar num sábado a noite de inverno com chuvinha,da vontade de comer pizza,de abrir vinho,de fumar lucky strike,de falar bobagem.As músicas são bem mescladas,das mais suaves as mais quentes.Dou destaque aqui para Me and Mr.Jones,He can Only Hold Her e o hit Rehab.Na primeira da pra sacar bem a voz da loucona.O timbre tem alguma coisa meio Macy Gray melhorada,com mais potencia,mais energia e vontade de cantar.A segunda tem uma mistura bem bacana de instrumentos,metais com uma bateria que faz lembrar os samples animadinhos a la the streets.E a terceira tem todo um climão retrô com uma letrinha super divertida que vai te lembrar a Britney Spears raspando a cabeça,ou o "Robbie 36 cafés expressos por dia Williams".Enfim,Back to Black é bacana e Amy Winehouse faz honras a sua voz,considerada hoje a mais fantástica da Inglaterra.



Porque baixar?! - Porque vai te fazer sentir nojo da Christina Aguilera querendo fazer música anos 40.

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quinta-feira, 8 de março de 2007

Sondre Lerche

Gênero: Indie Pop/Lounge Rock
Onde: Noruega/Bergen
Quando: 2007

Phantom Punch. Quarto disco do malandro aí do lado. E que disco. Pra quem já era apaixonado pelos trabalhos anteriores do Sondre, como o genial Two Way Monologue, vai chorar no quanto o cara evoluiu tornando o que já parecia intocável ainda melhor.
O que sempre impressionou no Sondre foi a limpeza de suas gravações. Sua voz não falha nem por decreto e todos os intrumentos parecem estar mixados no flat. Não adianta procurar, pois até mesmo uma guitarra distorcida no meio de pratos de ataque vai soar claríssima, ecoando única.
A primeira faixa já mostra a noção grandiosa de melodia do pequeno gênio: um roquezinho gostoso que até da para arriscar uns passos. Say it All tem o primeiro refrão pegajoso mas ainda assim, incansável.
Na faixa que leva o nome do disco aparece derrepente um cavalo relinchando no meio de um rock sem segredos, um toque sútil e impressionante pra quem não sampleia absolutamente nada. De dar inveja em qualquer sonoplasta. Até que, finalmente, a penúltima música: She's fantastic. Ai ai. Não comento. Apenas ouçam.
Influências de Beatles na montagem da harmonia e nas melodias chocantes de tão bonitas, e na originalidade também. O pessoal da escandinávia realmente mostra para que veio.

Porque baixar?! - Primeiro porque ele é norueguês, e até agora de lá só veio coisa boa. Segundo porque não tem uma música que não impressione; todas fogem dos atuais pós-libertinos. Terceiro porque é muito simplório. Sem a menor complexidade: violão, guitarra, baixo, bateria e uma voz inconfundível de um artista bem mais maduro prometendo só surpreender cada vez mais.

MP3: She's Fantastic - Sondre Lerche
MP3: Airpoirt Taxi Reception - Sondre Lerche


Phantom Punch - Sondre Lerche DOWNLOAD

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segunda-feira, 5 de março de 2007

Feist


Gênero:
Música Que Deixa a Gente Feliz e Esquenta o Coração
Onde:
Canadá - Nova Scotia
Quando:
2007

The New Pornographers, Stars, Wolf Parade, Metric, Islands, Caribou, Sunset Rubdown, Hot Hot Heat, Arcade Fire e Broken Social Scene. O que essa gente toda tem em comum, além do fato de morarem no Canadá e comporem boas canções? O fato de morarem no Canadá e comporem boas canções, mas não melhores do que as de sua conterrânea Leslie Feist. Ex-guitarrista do By Divine Right e atual integrante do supergrupo Broken Social Scene, Feist é a "National Sweetheart" do Canadá já faz algum tempo. Qualquer café ou McDonald's do país toca as faixas de seu preciosíssimo disco solo "Let It Die" vinte e quatro horas por dia, e todo mundo acha o máximo.

Em 2007 a guitarrista nos presenteia com o seu terceiro
(estou ignorando a existência do Open Seasons) disco solo, "The Reminder". Dotada de um gracioso senso melódico, Feist brinca com diversos estilos musicais, do jazz e lounge music até bossa nova ou indie rock. A sua voz em "vibrato contido" é mais agradável do que acordar às três da tarde de uma segunda-feira, e proporciona um casamento harmônico com suas charmosas composições. Nenhuma das faixas deve nada ao seu trabalho anterior, e você ouve o album de cabo a rabo sem nem perceber o ponteiro do relógio correr. Difícil escolher um destaque, mas com certeza a composição mais "catchy" é a 1 2 3 4, no mesmo clima "menininha saltitante com fitinhas azuis no cabelo" de Mushaboom, aquela lá do perfume Lacoste Essential. Que aliás, é uma bela porcaria de um comercial. Eu não me identifiquei com aquele cara e não quero ser ele, só compraria o perfume pela música.

Porque baixar?! Minha mãe é a única pessoa do Mundo que não gosta de música. Ela não pode ouvir dois minutos de Beatles ou Queen que já reclama de dor de cabeça, mas mesmo assim se derrete toda ao som da deliciosa voz de Feist. E ainda por cima canta junto.


FEIST - THE REMINDER
Parte I - download
Parte II - download


Site Oficial - Feist
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quinta-feira, 1 de março de 2007

Apollo Sunshine

Gênero: Indie Pop/Power Pop/Twee
Onde: EUA/Boston
Quando: 2003

Katonah, primeiro disco dos bem vestidos aí em cima que rendeu uma descrição cheia de adjetivos bonitos em uma só frase pelo New York Times, faz uma mistura única conseguindo juntar elementos psicodélicos dos anos sessenta com umas pequenas explosões de power pop. As guitarras se misturam sem embaralhar nem um pouco, lembrando até Allmans Brothers Band, com um adicional de sintetizadores dançando junto com elas construindo uma harmonia limpa e complexa. O teclado é crucial no disco, tirando o clima de "mais uma banda indie" e dando o toque twee, bem servido pelas vozes de Sam Cohen e Jesse Gallagher (?). Vozes com dificuldades de alcançar o tom, mas bonitas, cantando melodias que não chegam a ser grudentas, mas muito e muito mesmo sessentistas, e como melodia é o que tem de melhor nessa época, o Katonah fica na cabeça pela sua qualidade e originalidade.

Porque baixar?! - Twee + anos 60 era uma mistura simples que estava faltando. Pra quem gosta de Of Montreal, Shins, Hot Hot Heat, Olivia Tremor Control, Kinks, Byrds e mais uma cacetada de influências impossíveis de não agradar.

MP3: Fear Of Heights - Apollo Sunshine
MP3: Blood Is Wood - Apollo Sunshine

Katonah - Apollo Sunshine DOWNLOAD 49mb

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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Earl Greyhound


Big Rico, Kamara e Matt

Gênero: Rock/anos 70
Onde: EUA/Nova Iorque
Quando: 2006

Estava com saudade do Led Zeppelin? Eles também.
Convenhamos que os caras já estão caquéticos e sem Bonham, ou seja, sem alma. Mas sempre surge alguém pra salvar o rock, que mesmo não salvando já é uma grande ajuda. E é isso que faz o Earl Greyhound. Com aquele pimp mal encarado ali, a Elza Soares e o hippie com jeito de quem fugiu de uma banda de garagem cover de Alice in Chains.

Apesar de ser um som bastante parecido com Zeppelin, os caras são realmente bons. Matt traz um vocal bem ao estilo, sem vacilar em nada. Sua guitarra não tem aqueles solos catastróficos de enfiar faca elétrica nas cordas (graças a deus), mas demonstra que ele sabe fazer riffs como um bom roqueiro dos anos setenta sabia fazer. O baixo ninguém liga. Porque ninguém liga pra mulher tocando baixo. Não é preconceito não, até que tem um timbre bem pegado, mas falta pegada nos dedos mesmo. A bateria é uma coisa delicada, afinal, esse estilo de música teve bateristas que foram verdadeiros professores do rock, a exemplo de Mitch Mitchell e o próprio Bonham, mas o nosso querido Big Boy Rico consegue fazer bonito.
Melodias queridinhas, uh-hus a la Robert Plant, as vezes um vocal de Kamara dando uma alma soul e bastante distorção para sua avó pensar que o Woodstock está voltando.

Porque baixar?! - Eles também tem a Stairway to Heaven deles. Só que mais bonita. A faixa seis, Good.
To avisando.


MP3: All Better Now - Earl Greyhound MP3


Soft Targets - Earl Greyhound DOWNLOAD 76mb
Parte 2

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